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quarta-feira, novembro 09, 2011

Pavia do Alentejo

Pavia
Pavia é uma bonita freguesia tipicamente Alentejana, pertencente ao concelho de Mora caracterizada pelo seu alvo e simples casario, que alberga uma bem antiga e interessante história.

As origens de Pavia são muito antigas, encontrando-se nesta povoação vários legados pré-históricos, como a Anta de Pavia, transformada na idade média em Capela ou o interessante Cromeleque das Fontaínhas Velhas.
Diz-se que o antigo concelho formado no século XIII teria origens num núcleo colonial de origem italiana dirigido por Roberto de Pavia.

A freguesia prima pela preservação do seu Património arquitectónico, numa paz de espírito e tranquilidade de um Alentejo quase imaculado, apresentando uma bonita Igreja Matriz muito alterada no século XVIII, após o terramoto de 1755, as Igrejas da Misericórdia (século XVI) e de São Francisco (século XVI), a Ermida de Santo António (século XVII) ou as Capelas de São Miguel e São Gens.
Interessante é a central Casa-Museu Manuel Ribeiro de Pavia, dedicada ao artista local (1907 - 1957), expondo também peças de artesanato local.

Próxima de Pavia situa-se a pacata povoação rural de Malarranha, onde se pode visitar a Igreja de Nossa Senhora de Fátima.

Pavia, o "Centro do Mundo", é uma pequena povoação alentejana, do distrito de Évora. Tem a sorte de continuar ignorada pelos poderes públicos, que não a incomodam com investimentos, sempre dificeis de gerir.
É sede de Junta de Freguesia do Concelho de Mora, já tendo sido sede de concelho, desde data indeterminada e até 1838, ano em que surge uma carta de lei de 17 de Abril que, sem se saber porquê, transfere a sede do concelho para Mora. Já nestes tempos as coisas inexplicáveis aconteciam...
Pavia abrange uma área geográfica superior a 190 Km2 a mais de 12 Km de distância de qualquer outra povoação.
Lisboa situa-se a cerca de 150 Km de Pavia, onde se pode ir por diversas estradas que não incluem directamente a autoestrada para Espanha, como chegou a estar previsto. Julga-se que o desvio introduzido no projecto inicial se terá ficado a dever à conveniência de servir um maior número de votos eleitorais residentes em Évora e Montemor-o-Novo.
[Rua Santo António] Destruídas que foram as infrastruturas ferroviárias anteriormente existentes, Pavia dispõe apenas de acessos rodoviários. As estradas que cruzam Pavia dirigem-se para Mora a norte, para Arraiolos e Évora a sul, para o Vimieiro e Estremoz a leste e para Avis a nordeste.
Para além do núcleo principal, inclui também um outro agregado populacional a uma distância média de 5 Km, constituído por um conjunto de montes dispersos: a Malarranha, muito procurada por forasteiros para a instalação do Monte Alentejano que está a fazer furor entre as gentes da cidade. No seu conjunto a população residente ronda actualmente os 1600 habitantes. Depois da colonização dos montes espera-se que novo censo permita actualizar estes números.
[Rua Nova] De características tipicamente alentejanas é considerada uma das vilas brancas menos atacada pelo mau gosto das tintas berrantes, dos azulejos hidráulicos nas paredes e dos alumínios. Pavia mantem ainda hoje o rosto do povoado antiquíssimo que é, dominado pelas construções de um só piso térreo, portais à escala humana e chaminés ressaltadas com volumes típicos.
Falar de Pavia em termos de urbanização é também descrever uma harmoniosa disposição de ruas compridas, ora ladeadas de grandes espaços abertos, ora de pequenas e estreitas vielas transversais, que apesar das suas modestas proporções, oferecem singular luminosidade.
[Rua Grande]A vila oferece, assim, uma imagem real do passado e do presente, de uma terra do Alto Alentejo, com um sistema de economia rural, orientado para a exploração do latifúndio, desde o tempo dos Romanos.
As suas gentes, cada vez em menor número, constituem o seu mais valioso património e têm sabido preservar, ao longo dos tempos, um outro património construído de inegável valor histórico, arquitectónico e artístico.

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