Rogério Pereira acaba de editar um livro, sob a chancela da Espaço e Memória, em que relata as suas memórias da Guerra Colonial em África, mais concretamente em Angola, dum modo deveras sui generis e invulgar, curioso e interessante, num ritmo que prende o leitor numa teia fascinante de eventos, sentimentos, emoções, e visões, até à última página, à última palavra, à última letra.
Sobre a obra, ecoam as palavras do autor: "O livro é um narrar de uma «viagem imposta», sem trama de personagens urdida em torno de um qualquer fio de outra história, que não seja aquela que é possível ir buscar à minha memória sobre gentes, lugares, afectos, cumplicidades e medos, tidos e havidos em Angola, na Guerra Colonial, entre 1969 e 1971. Eu, o Meu Contrário e a Minha Alma, as principais personagens, teremos a acompanhar-nos actores secundários, de entre gente de dois continentes: mouros, negros, índios, mestiços, falsos brancos e brancos mesmo, daqueles que se consideram com pedigree e tudo. Eles, suas almas e contrários. Os lugares a contar, de onde os testemunhos são recolhidos, são: Luanda, Maquela do Zombo, Nharea, Umpulo e Nova Lisboa. Memórias minhas, que partilho."
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